O ocorrido deste final de semana, em Jerusalém, onde o grupo Hamas assumiu a autoria de um atentado, tem suscitado diversas narrativas ( contra e a favor) na imprensa, o que tem deixado muitos em dúvida de como formar uma opinião.

Assim como muitos cidadãos israelenses e palestinos, que estão reféns das forças extremistas do Hamas e do aparato estatal, liderado por Benjamim Netanyahu, nós estamos no meio de um tiroteio de narrativas da mídia corporativa e da mídia alternativa. É uma reprodução burra e sem valor critico formador, que fomenta, cada vez mais, uma polarização que se estende além do Lulismo e do Bolsonarismo.

Dessa forma, é necessário que venham vozes de bom senso, neste momento onde o mundo carece de consenso para soluções pacíficas, para que possam nos fazer refletir sobre as raízes destes conflitos que se arrastam até os dias de hoje, alimentados pelo sentimento antissemitista e a islamofobico.

Entre o terrorismo tradicional ,perpretado pelo Hamas e o terrorismo de estado, representado pela extrema direita que está no poder em Israel, fico com o óbvio; Nem um,nem outro. Em uma guerra, onde vários crimes se sucedem, ninguém tem razão,mas sim a culpa de cavar túmulos de inocentes que nada tem a ver com as decisões tomadas pelo terrorismo de grupo e pelo terrorismo de estado.

Portanto, não cabe tomar posições maniqueistas, calcadas pelo sabor das emoções extremadas,polarizadas a direita e a esquerda. Enquanto a mídia interpreta de acordo com os seus polos editoriais,inocentes morrem sob a mira das bombas lançadas no ar, mulheres e crianças inalam o ar poluído pela pólvora e sofrem a carestia do essencial. Muitos jovens e adultos não sabem o que é viver em paz, pois cresceram sob a mira de fuzis e bombas, financiadas por Estados Unidos e Irã.

Muitos rezam e matam em nome de Alah e Iavé, muitos morrem em nome de Iavé e Alah. E assim a religião,enquanto instrumento de poder, mostra sua face mais nefasta, financiada pelo ódio que dá lucro.

Diante mais de sete décadas de conflitos e séculos de dominação entre arabes e judeus, cabe a nós uma posição equilibrada diante das narrativas emocionadas da esquerda e interesseiras da direita, pois todos, palestinos e israelenses, descendem da mesma casa de Isaac e Abraão.

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