O Brasil atingiu a marca de 1179 mortos ao dia, caminhando assim para um cenário desolador: O Caos.
Por Gustavo Medeiros
Jornalista DRT-BA 3890
Na última terça-feira (19), o Brasil viveu uma overdose combinada de cloroquina e Tubaína em meio a 1179 mortes, uma a cada 73 segundos. A este fato trágico, que marca os dias de quarentena no país, seguiu o desdém do atual presidente da república em posturas jocosas ao fundo de uma estante repleta de livros que ele nunca lerá.
Desde 2013, vivemos a embriaguez de uma mistura excessiva entre ideologia e fanatismo, entre esquerda e direita, coxinhas e mortadelas. Perdemos a noção do que somos e nem sabemos direito o que queremos. Não somos país, não somos nação e a cada dia, a impressão que dá é de morrer por dentro em centenas, milhares, centenas de milhares. São vidas, pessoas que vão embora sem deixar bilhetes de partida ou então um gesto de até logo.
Na morbidez dos dias que se seguem, sobrevivemos heroicamente a desmandos, autoritarismo e um neoabsolutismo disfarçado de fascismo. Não há mais disfarce para dissimular fatos, pois está tudo posto para quem puder ver.Nas linhas mortas desta humilde obra há as marcas dos últimos anos sofridos, dos buracos que cavamos de um ego ferido criado pela ilusão mais violenta.
A verdade é que, ao longo dos últimos sete anos, o Brasil se sabotou, se enterrou em panos, trapos em verde e amarelos. Tudo o que era patriotismo, virou pretexto para uma periódica morbidez. Foram anos empunhando um luto enlameado de preto na ordem e no progresso de um azul varonil.
Foram anos forjando uma honestidade morta…
Para lembrar: Foram quase 1200 mortes e ainda tem mais uma. Um sinônimo de esperança chamado João Pedro, a cereja de um bolo trágico que marcou o dia 19 de maio de 2020 na história do país.