No atual governo, a cartilha da inversão de prioridades é seguida à risca. Prova disso é a lista de gastos divulgada esta semana e que virou motivo de memes e chacotas nas redes sociais. Na relação, gastos com itens como leite condensado (R$ 15 milhões), goma de mascar (R$ 2,2 milhões), sorvete (R$ 20 milhões) e batata frita.

Pelo que se consome, habitualmente e para além do que é essencial, o atual governo é a caricatura de um adolescente de 13 anos, sardento e com espinhas pipocando na fronte. O reflexo de uma governança birrenta, chata e perversa, que se comporta como tal. Eles são o que consomem.

No total, a travessura deste eterno adolescente nos custará a bagatela de R$ 1,8 bilhões. Pagamos “barato” pela combinação do pão com Leite Moça, costumeiramente consumida pelo atual presidente da república e que pode ser, possivelmente, o vilão na sua queda. Com isso, a famigerada lista começou a gerar dor de cabeça nos arredores do Império do Supérfluo e assim conhecemos onde foi o nosso erro, dando uma carta de confiança a um bando de “eternos jovens abilolados”.

Para além das piadas e chistes que tomaram o universo da grande rede, os gastos excessivos com o que não se constitui necessário é o resumo de como este governo trata a coisa pública, dando prioridade para aquilo que não é importante para o bem comum. Neste sentido, a transparência foi a caixa preta de uma tragédia com o trato da máquina de governança, assim como a bombástica mistura do pão com leite condensado, uma verdadeira “fonte de glicose” que pode, enfim, derrubar o presidente.

Leite Condensado – Corrupção com Safadeza

A transparência com os gastos públicos faz parte dos princípios que regem a administração pública no país. Assim que foi aberta a caixa preta com a lista de itens consumidos, o portal responsável pela divulgação destes atos saiu do ar, deixando um rastro de suspeitas. Como se não bastasse a má gestão de uma crise de saúde pública, que se avoluma sob as costas da negação do presidente, presenciamos nosso dinheiro custear as regalias de militares, empresários e políticos. É sob as nossas custas que o leite condensado é supervalorizado, uma triste combinação entre corrupção e safadeza.

A transparência, ou melhor a falta dela, é o câncer da administração pública. Um mal que se avoluma de acordo com os interesses próprios. Neste caso, ficou nítido a intenção. Alimentar a mamata e regozijar em cima da cabeça de pessoas mortas. O Brasil virou a pátria da indecência, o Império do Supérfluo.

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