Por Erick Cerqueira

É preciso acabar com o Brasil das fakenews. Já passou da hora de darmos um freio de arrumação nesse país, onde mentiras vão sendo perpetuadas há décadas e vão virando verdades pela inércia dos prejudicados e pelo poder dos mentirosos.

O Golpe Militar de 1964  se instaurou com a mentira de uma suposta ameaça comunista de Jango. Com ajuda dos EUA (Operação Brother Sam), foi um regime assassino, perverso, que torturou e exilou inocentes e no final, foram anistiados, numa saída honrosa pra tanta desonra. E ainda hoje, existe um museu no Forte de Copacabana, exaltando os generais da “Gloriosa Revolução de 64”, como ensinavam nos livros de EMC (Educação Moral e Cívica, para os mais novos).

As Diretas Já foi um movimento lindo, mas fracassou. O Golpe se perpetuou, apenas tirando os militares fardados, mas deixando seus filhotes por décadas no poder. Tancredo foi eleito indiretamente pelo Congresso, morreu e deixou Sarney, filhote da ditadura, como ACM, Maluf, Collor, todos chocados no ovo da serpente. 

Veio a democratização e a velha imprensa apoiou tanto Collor, a ponto de manipular um debate a favor dele. Todo mundo sabe, E nada aconteceu.

Collor foi cassado não porque foi corrupto ou porque ganhou um FIAT Elba. Mas porque mexeu com o dinheiro dos ricos.

Itamar assume, lança o Plano Real e no lançamento do Real, FHC aparece na nota, mesmo não sendo mais o Ministro da Fazenda. Uma homenagem? Nada. Uma mentira pra criar um candidato forte o bastante pra vencer Lula, de novo. FHC vence. Perto do fim do mandato, sem sucessores, compra deputados pela emenda da reeleição. Todos sabem, nada aconteceu. Manipula a imprensa pra não haver debates, se reelege em 1998 prometendo não mexer no câmbio e manter 1 Real valendo 1 Dólar e com 18 dias do novo mandato, mexeu. O Real se desvalorizou e quem tinha dívidas em Dólar, viu elas dobrarem em um mês, e quadruplicarem em 4 anos. Por isso o PSDB nunca mais venceu eleição presidencial. 

Lula lá

Lula vence, mesmo contra a vontade da imprensa hegemônica, que tentava emplacar outro político de SP. O país parecia entrar na normalidade mas foram 4 anos denuncismo, dia e noite, na imprensa. Destaque para as capas mentirosas da Veja e os comentários da Miriam Leitão, que falava mal até de notícia boa da economia. 

Veio o Mensalão e o dinheiro da Visanet virou “dinheiro público”, usado para fazer Caixa 2 de campanha (que é crime, sim) e pagar despesas de partidos aliados, Virou o maior escândalo de corrupção do multiversos. Na frente do espetáculo midiático, o Ministro Joaquim Barbosa, indicado por Lula a pedido de Dirceu, foi insuflado pela mídia pra tentar pegar Lula, mas só prendeu Dirceu.

Lula é reeleito. E as perseguições continuam. A velha imprensa tenta ligá-lo a todos os tipos de crimes. Mas não conseguem. Sai do governo fazendo sua sucessora.

Dilma é eleita mesmo após José Serra sofrer um violento atentado com uma bolinha de papel que o levou a fazer ressonância na cabeça. O Brasil seguia avançando, o governo segurava os aumentos internacionais dos preços de petróleo, mas mesmo assim, a gasolina disparou de R$ 2,57 pra R$ 2,67. Eram outros tempos.

Dilma 1 chega ao fim tirando o Brasil do mapa da fome da ONU, com a menor taxa de desemprego da história e com uma Copa do Mundo. Vence a reeleição de forma apertada, graças aos protestos de Jornadas de Junho de 2013. Tenta reajustar a política econômica (de forma equivocada) pra evitar uma crise, mas o Golpe de 2016 já estava tramado. Com o Supremo, com tudo. Com a imprensa exaltando a lavajato e um gângster à frente do esquemão, o STF acovardado deixa ele atuar para só depois do Golpe, mandar prendê-lo. 

Do novo golpe ao PCC post it

E no Senado, vem a triste mancha na biografia de Ricardo Lewandowski: presidiu a sessão do Golpe de 2016. Dilma sai, assume o vice, traidor, que se alia à base derrotada de 2014. Todo mundo sabe, nada acontece.

Ainda em 2016, o STF muda o seu entendimento sobre prisão em 2ª instância, passando a ser à favor. Era a deixa para prender Lula antes da eleição de 2018. A Ponte para o Futuro nos joga de volta ao triste passado. Ao ponto de desembocar num amante de torturador da ditadura de 64, figurar em 2º lugar nas pesquisas. Com o aval do STF, um juiz parcial e incompetente prende Lula e vira Ministro da Justiça do candidato ligado às milícias.

O Brasil mergulha nas trevas. Volta ao mapa da fome, as pessoas ficam sem Mais Médicos, sem Bolsa Família, sem Minha Casa Minha Vida, sem Ministro da Saúde sério durante uma pandemia, e com uma reforma trabalhista que gera desemprego e subempregos.

Nas redes sociais, o Gabiente do Ódio espalha mentiras sobre fatos reais, diariamente. É a era das fakenews da extrema-direita, do presidente do kit gay,

O ex-juiz, ex-ministro de Justiça, sai acusando o presidente de corrupção. Vai ganhar dinheiro da empresa que recupera as empresas que ele ajudou a quebrar, na Lava Jato. Volta ao Brasil pra virar político com apoio de Bolsonaro, que perde as eleições, e tenta reaver 16 milhões em joias contrabandeadas, presas na Receita Federal, mas não consegue. Foge pros EUA e é pego no roubo de outra caixa de joias no valor aproximado de 1 milhão. Sem argumentos pra justificar o roubo, devolve a caixa.

Agora, eleito Senador (êh, Paraná…), o ex-juiz parcial, vira vítima de um suposto plano de atentado, Na investigação, um delegado indicado por Bolsonaro pra reabrir o caso da facada em período eleitoral. O caso cai, muito por acaso, no colo da juíza amiga de Moro. E uma provas do plano, é um caderno com letras coloridas e post its. É, mas querem que a gente finja que nada está acontecendo. 

Essa é a famosa ditadura da burguesia se impondo de forma explícita. E quem discordar é conspiracionista ou comunista. Então, que seja:  

Proletarier aller Länder, vereinigt euch!

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