Zygmunt Bauman, em “Tempos Líquidos”, vaticinava a dissolução das instituições que traziam coesão ao imaginário social e que mantiam o funcionamento da sociedade com as devidas correlações de forças que a equilibravam.

Ao longo do tempo, na história recente, presenciamos a queda de viversas dessas instituições físicas, abstratas, subjetivas. Símbolos que foram se diluindo, trazendo instabilidade e uma profunda crise de representação, sobretudo na política.

Ao vermos um desses supostos sólidos símbolos, que seria a democracia estadunidense, se desfazer, em breaking news, muito do equilíbrio geopolítico se quebra. A referência, mesmo que controversa, de aparelho estatal eficiente e harmônico que “julgava” os demais países, agora não passa de uma farsa, de uma ópera bufa, que foi revelada nas últimas horas.

Esses fatos revelam uma crise do próprio capitalismo, como o entendemos. Além disso, demonstra o esgotamento do pensamento de direita, em sim. Uma vez que no caso dos EUA, as duas força que polarizam são nuances de uma mesma ideiologia imperialista e antiesquerdista.

Mais que fazer repensar a presença de ditadores ao redor do mundo, ascensão do fascismo, a crise institucional nos EUA, demosntra o colapso social e uma mudança significativa na credibilidade yankee. Os livros de história vão falar desse dia como o início do fim da hegemonia estadunidense. Quem viver, verá…

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