O ex-presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, deixou um rombo de R$ 332 mil em sua campanha para deputado federal pelo PL (Partido Liberal) de São Paulo. Segundo dados declarados por Camargo para a Justiça Eleitoral, a campanha  teve receitas de R$ 516 mil e despesas de R$ 838 mil, um estouro de 62% sobre o total arrecadado.

Entre os gastos de campanha declarados, o maior deles foi com a empresa Re.All Resource Allocation, especializada em prestar serviços de consultoria em marketing digital. Foram desembolsados R$ 474,9 mil , ou 92% de tudo o que foi obtido com doações, uma despesa maior do que a de deputados eleitos pelo PL como  Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Mário Frias.Outra despesa excessiva foi com os serviços do escritório da advogada Karina Kufa. O gasto foi de R$ 115 mil.

A campanha foi toda bancada por seu partido. A frente da Fundação Palmares, Sergio Camargo colecionou diversas polêmicas e promoveu o desmonte da instituição, ligada ao Ministério da Cultura. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Camargo notabilizou-se pela oposição a movimentos de defesa dos direitos dos negros e declarações ofensivas contra adversários.

No governo Lula (PT), a Fundação Palmares é presidida pelo advogado e presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues.

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