O mundo está começando a se reorganizar após a primeira onda do coronavirus, mas dois países parecem estar completamente perdidos.

De um lado os EUA, atual líder em número de infectados e de mortos. Mas que mesmo assim está preocupado com um outro povo. O brasileiro. Mr Trump já mandou barrar os brasileiros e todo ser humano que passar pelo Brasil. Não contente em barrar brasileiros, mandou 2 milhões de remédio sem eficácia contra a covid para cá, como disse um internauta: pra matar ainda no ninho…

Do outro, o Brasil. Aquele antigo país alegre, festeiro, de gente bonita, do futebol, do sorriso da brasileiríssima Carmen Miranda (que era portuguesa) do futebol arte, do carnaval, da Copa do Mundo, das Olimpíadas… bem, esse não existe mais.

O Brasil de hoje é o Brazil que o Aldir Blanc falava. Um país de maioria negro e parda, que elegeu quem pesava quilombolas em arrobas e foi aplaudido por judeus, por essa declaração preconceituosa. Uma país que coloca negro racista na Fundação Palmares, para exaltar a Princesa Izabel e rebaixar Zumbi. Mas esse final de semana chegamos ao ápice dos absurdos (ao menos nessa semana).

Viramos um local onde já existe marcha estilo Ku Klux Klan e o presidente e seus asseclas, brindam com leite, um novo símbolo dos grupos neonazistas. E deu certo, porque eles, os neonazistas, saíram às ruas de São Paulo com bandeiras do grupo político de extrema direita, lá da Ucrânia. Não contente, o puxa-saco do presidente estadunidense, retuitou uma mensagem do Trump onde ele afirma que tratará o anti-fascismo como terrorismo.

Sim, senhores. Os dois presidentes mais incompetentes do mundo, no combate ao coronavirus, juntos para serem contra quem combate o fascismo. Surreal.

Surge uma luz no fim do túnel…

Mas o sinal era claro. Ao menos aqui no Brasil. Várias manifestações sobre fechar o Congresso, fechar o STF, prender os ministros do Supremo, ameaças de morte e tortura aos “vermelhinhos”, matar uns 30 mil (esse ele conseguiu), declaração de amor a torturador e ao AI-5, pedindo prisão dos governadores (imaginem). Eles não recuaram. Mas agora parece que chegou a nossa vez de avançar.

Com a covardia do Maia e os Ministros do Supremo só agora entendendo o erro que fizeram ao apoiar o golpe 2016, a esperança veio das redes sociais. O Sleeping Giants começou a detonar os patrocinadores dos sites de fakenews do presidente e seus aliados. O Ministro Alexandre de Moraes atacou o coração do gabinete do ódio, investigando os seus líderes. O BotSentinel, no twitter, explicitando o que estão digitando os robôs da rede e o povo foi às ruas.

O povo foi às ruas enfrentas os fascistas (apoiados pelas polícias de São Paulo, Rio de Janeiro e de Curitiba). E pra fechar com chave de ouro os Anonymous Brasil chegou divulgando os dados de autoridades ligadas ao presidente.

Em meio a pandemia, o brasileiro precisa lutar, todos os dias, com essa praga instalada no país. Mas o pior não é o presente. Serão as sequelas. Como iremos olhar na cara de quem defendeu movimentos contra os anti-fascistas? Como iremos nos reconciliar com gente que era a favor de uma ditadura, que deixaria a nós, de esquerda, a mercê de censores e torturadores?

A verdade é que o Brasil não conhecia esse Brazil. Fomos apresentados e odiamos o que estamos vendo. Queremos o nosso antigo de volta. Aldir, fala com o homem aí em cima pra dar uma força.

Comentários no facebook