Na abertura da primeira reunião ministerial do novo governo, na manhã desta sexta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pregou uma boa relação com o Congresso e cobrou respeito ao meio ambiente, às leis e à Constituição. Em seu discurso, o chefe do executivo disse que ele e os 37 ministros terão uma tarefa “árdua”, mas “nobre” para entregar o país melhor.

O encontro, que começou pela manhã  e deve avançar pela tarde, tem como finalidade alinhar o discurso e as ações dos ministros. Além disso, Lula disse que não irá deixar nenhum titular de pasta “no meio da estrada”, mas acrescentou que se fizer algo errado, será convidado a se retirar. “”A pessoa será simplesmente da forma mais educada possível convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça.”.

Sobre a relação com o Legislativo, Lula reforçou a harmonia entre os poderes e disse que não adianta o governo composto de técnicos e sem votos no Congresso. “É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso e, por isso cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, cada deputada, cada senador, cada senadora que o buscar.”.

O presidente foi mais específico ao falar do deputado Arthur Lira (PP-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG),presidentes da Câmara  e do Senado. “Eu quero que vocês saibam que vocês contem comigo porque eu tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é o governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado.

Durante a reunião, o presidente ressaltou que as políticas iniciadas nas gestões petistas foram paralisadas pelo último governo e entregou um documento feito pela coordenação de transição, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

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