Não é porque em 2015, um Ministro do STF proibiu a posse da Lula como Ministro indicado por Dilma, baseado em trechos selecionados de uma gravação ilegal, feita com grampo fora do horário determinado pela Justiça, vazado à imprensa por um juiz de Primeira instância, contendo conversa de uma Presidente da República, que o Lula seria inocente.

Muito menos porque logo depois veio um golpe de Estado, numa Presidente que não cometeu crimes, mas acertado com o partido do Vice presidente, com as Forças Armadas e com “o Supremo e com tudo”,

Após a deposição da Presidente, o Supremo, numa votação que parecia inofensiva, mudou o entendimento sobre a prisão após julgamento em Segunda Instância, abrindo tempo hábil para tirar o Lula da corrida presidencial de 2018. Afinal, eles não destruíram o processo democrático após 24 anos, para entregar de novo o Brasil ao PT.

A própria Ministra Carmen Lúcia, indicada por Lula, e então presidente do STF, declarou no Programa Conversa com Bial, que Lula não seria candidato, se dependesse dela.

Depois, temos o juiz que viria a ser considerado incompetente e parcial pelo STF, condenando Lula por ter recebido um triplex, cuja a defesa do ex-presidente apresentou a prova de que pertencia a OAS, num documento dado pela Alvarez&Marsal, empresa que respondia pela recuperação judicial da OAS e Odebrecht e que depois, por mera coincidência, pagou a Moro R$ 3,7 milhões, por um ano de trabalho. O que será que ele fez nesse ano?

Em 2018, Carmen Lúcia alterou a ordem da votação no STF. Ao invés de votar sobre a decisão do STF, sobre prisão em Segunda Instância, a ministra manobrou e colocou em votação um HC da defesa do Lula. Assim, permitiu a Ministra Rosa Weber, votar a favor da prisão da após condenação em Segunda Instância, apenas para prejudicar Lula. A quem disse isso foi a própria Ministra: “Não tenho como reputar ilegal, abusivo ou teratológico acórdão que, forte nessa compreensão do STF, rejeita a ordem de HC, independentemente da minha posição pessoal quanto ao tema de fundo”, Coincidentemente, Moro foi auxiliar da Ministra Rosa Weber.

O mesmo Moro que virou Ministro do segundo colocado nas pesquisas presidenciais de 2018, que acabou vencendo após a retirada de Lula.

Mas Lula não é inocente.

Eis que veio a vaza-jato, quando um hacker descobriu que o juiz Moro e os procuradores comandados por Deltan Dallagnol, trocavam mensagens em grupos de Telegram, armando sentenças, combinado operações da Polícia Federal e até comemorando derrotas políticas do PT e a ascensão do atual presidente, ligado às milícias cariocas, ao Planalto.

Então começaram as sucessivas vitórias do Ex–presidente na Justiça. Após quase uma década de investigações, condução coercitiva, confisco do ipad do neto dele, quebra de sigilo bancário, fiscal, telemático, telefônico, e até prisão, começaram a constatar que era apenas lawfare. Lula venceu 25 processos, entre casos encerrados ou rejeitados por falta de provas, até os anulados por parcialidade do juiz da causa.

Agora, seis anos depois, até o Comitê de Direitos Humanos da ONU, declarou que o ex-juiz de Primeira Instância foi parcial e que Lula não teve seus direitos respeitados.

Mas, o Lula não é inocente. Ao menos pra jornalista da Globo News, Maria Beltrão. E muito mais importante que a jornalista ser filha de Ministro da época da ditadura, a Maria precisa manter seu emprego na Globo. Acusar o Moro e inocentar o Lula, seria muito forte para ela. Ainda mais em tempos de desemprego galopante.

Por Erick Cerqueira

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