Só que o Gestores não garantem a saúde dos profissionais de segurança pública.
A falta de um protocolo de procedimentos e medidas sanitárias para as instituições policiais brasileiras além da falta de equipamentos básicos de proteção, tais como: máscaras luvas e álcool em gel, além dos conflitos de interpretação ou compreensão da pandemia por parte de várias autoridades têm criado ambientes instáveis para os profissionais de segurança pública, mesmo estando essa atividade classificada como “SERVIÇO ESSENCIAL”.
Timidamente, algumas instituições publicaram alguns documentos semelhantes e que na maioria das orientações são impossíveis de serem cumpridas, uma vez que muitos órgãos não fornecem equipamentos básicos de proteção aos policiais, os chamados EPIs.
Enquanto isso os profissionais são diagnosticados com Covid-19 em índices alarmantes, e aumentando dia-a-dia o número de óbitos.
Novo Vilão para os policiais militares
Além do combate a violência diária os policiais militares baianos enfrentam um novo vilão, o “COVID-19”, segundo dados da ASCOM-PMBA, o número de policiais militares infectados pelo coronavirus ultrapassa 1.394, sendo que 19 não resistiram e tombaram no confronto com o vírus nesses últimos quatro meses.
O Covid-19 já vitimou mais policiais militares que a violência diária, segundo a PM somente um policial morreu em confronto nos sete meses desse ano.
Segundo a assessoria, os policiais foram orientados a adotarem medidas de segurança no cumprimento do expediente para se protegerem da doença, a exemplo de abrir os vidros das viaturas; higienizar os equipamentos de proteção individual e os pontos de contato da viatura, como também; usar a continência como saudação e no caso de abordagens que necessitem contato físico, assim que possível, lavar a mão e evitar tocar no rosto e trocar o uniforme a cada serviço.
Mesmo com essas medidas tomadas, deve-se tomar o máximo de cuidado, por conta do dinamismo do serviço, há um grande número de policiais que usam as mesmas armas, os mesmos coletes suados que são passados a outros policiais. Ou seja, não há higiene ou equipamentos suficientes para a tropa, o que torna a polícia um grande vetor de disseminação do coronavirus, não só para os policiais mais também para as pessoas que tenham contato com eles.
Avanço do Covid 19 nos profissionais da Policia Civil
Na Polícia Civil baiana a situação não difere muito da PM, segundo dados do sindicato da categoria (SINDPOC), o número de policiais infectados já soma mais de 340 positivados pela Covid-19, com 6 óbitos.
Na última terça-feira (14), os policiais lotados na 9ª Delegacia, localizada na Boca do Rio realizaram teste sorológico, sendo que 14 dos 33 policiais civis ali lotados testaram positivo para a Covid-19.
Segundo a direção do sindicato o descaso da Secretária de Segurança Pública e do Governo do Estado, quanto à implantação dos protocolos de biossegurança e a distribuição regular de EPIs, tem levado a essa situação e orienta que mantenham a distância necessária e a qualquer suspeita de contágio comunicar à autoridade policial presente para adoção das medidas de prevenção e isolamento.
Já houve casos que depois do preso ser interrogado foi colocado na cela depois foi descoberto que estava infectado pelo vírus, sem contar que as delegacias e viaturas não passam por desinfecção, presos não estão sendo testados e permanecem nas delegacias sem previsão de transferências para as unidades prisionais.
Por conta dessa situação o Sindpoc juntamente com o Sindicato dos Delegados publicaram uma nota de luto e repúdio pelas mortes dos Servidores Policiais Baianos.