Após a postagem do nosso colunista Paulo Moreira sobre os problemas da REDE, recebemos um convite de um amigo para conhecer o candidato deles, em Camaçari. Convite aceito e rendeu uma ótima entrevista.

Nós fomos até Vila de Abrantes, orla de Camaçari, na sede da Icatu Bahia, empresa do ramo de trade marketing, para entrevistar Heckel Pedreira, empresário e economista, candidato a prefeito da cidade, pela REDE. Encontramos o empresário que nos saudou com uma observação a respeito de nossa pontualidade “chegaram na hora, eu aprecio isto”. A conversa foi rápida, mas conseguimos extrair pontos que certamente interessarão os cidadãos da cidade. Heckel acredita que seu nome é uma alternativa a “velha política” existente na cidade, já que, segundo ele, “eu mereço muito mais” é um grito que está preso na garganta do cidadão camaçariense.

 

JOE FRAGA – Heckel Pedreira é um nome um tanto estranho, inclusive para parte do eleitorado ouvido pela pesquisa A TARDE/Potencial Pesquisa , você é um desconhecido. Conta pra gente, quem é o Heckel Pedreira, candidato a prefeito de Camaçari?

HECKEL PEDREIRA – É verdade, você está certo quando diz que uma parcela dos entrevistados não me conhece e encaro isto com naturalidade. Existem alguns fatores que credito que tenha contribuído para isto. O primeiro deles é que eu não sou político, sou empresário e economista, além disto, minha pré-candidatura começou, de fato, a cerca de seis meses. Sem contar que meus adversários ou estão no poder ou gozam de apadrinhamentos políticos. Eu não, estou livre de conchavos e amarras da velha política.

 

JOEE seu nome?

HP – Verdade, já ia esquecendo… coincidentemente esta semana soube, através de um assessor, que significa “belo arbusto”. Não sei se é isto, mas se for, é ótimo, já que Camaçari também é o nome de uma árvore e reforça a ligação que tenho com esta terra. Mas, de fato, o mais importante é que sinto que esta cidade merece mais, nossa gente já está farta de tantos políticos que prometem, enganam e nos roubam. É por isto que esta mesma pesquisa que você citou aponta um índice considerável de pessoas que dizem que não vão votar em nenhum dos nomes conhecidos, neste sentido eu tenho uma vantagem.

 

JOE – Eu não gostaria de não ser conhecido, às vésperas da eleição. Você encara isto como uma vantagem, mesmo?

HP – Sim, sem sombra de dúvidas. Na Rede Sustentabilidade, partido do qual faço parte, temos um lema a este respeito “nem ele, nem ela, somos nós, o povo”. Este lema sintetiza muito bem um sentimento que existe em nossa gente. Eu tenho certeza que o camaçariense diz para si mesmo “eu mereço muito mais” e nossa candidatura, minha e de Kalundewa, nossa co-prefeita, representa isto.

 

JOE – Mas antes, o seu vice era o Roberto Amarijo, não é mesmo? O que houve?

HP – Sim, de fato, era. Mas acredito que este episódio serviu para mostrar nossa força e coragem ante as velhas raposas do poder político que acreditam serem os donos de nossa cidade. O que aconteceu é que a força da velha política exerceu poder e, infelizmente, nem todos tem a fibra moral necessária para se manter firme em um propósito maior até o fim. Cada um terá a vista de acordo com a montanha que construiu pra si, é o que diz Martin Luther King

 

Heckel e Kalundewa

JOE – Quem é Kalundewa e por que ela foi escolhida?

HP – Ela é uma ativista social, artista plástica, mãe e negra. Estava concorrendo a vereança e, num gesto de extrema generosidade, consciência coletiva e desprendimento, abandonou sua jornada e aceitou o convite para compor a chapa comigo. Além da militância e representavidade que sua vinda trará, a personalidade e olhar social que ela possui, complementará este meu lado mais técnico-administrativo. Eu costumo dizer que ela é a parte simpática e bonita da chapa, eu sou o lado mais durão, faço, como diz o dito popular, o estilo “cão que ladra mais não morde”. Só quando é preciso. (risos).

 

JOE – Então é assim que você se considera, um “durão”?

HP – Em parte, sim. Minha avó sempre dizia que “o costume do cachimbo deixa a boca torta” e por conta de minha experiência liderando e cuidando de um grande contingente de pessoas em minha empresa, é preciso manter uma postura mais firme. Eu sou um batedor de metas, por que meu principal objetivo é atingir a prosperidade. Acredito que a liderança as vezes exige ações que podem ser mal interpretadas, mas para atingir a eficiência que temos hoje em nossos serviços o foco é indispensável. Esta foi uma das coisas que fez nossa empresa ganhar diversos prêmios como, por exemplo, o GPTW – Great Place to Work, além do Melhor Prestador de Serviços da Bahia pelo Banco do Nordeste e Fornecedor Qualificado Rubi pelo IEL/FIEB.

 

JOE – Será este lado mais “durão” a marca da sua gestão?

HP – Não. A marca da minha gestão será dar à nossa gente a chance de ter uma vida próspera. Serei “durão” apenas com o que deve ser, mas brando em relação ao diálogo com a câmara de vereadores, por exemplo, afinal lá é a casa do povo e findando o pleito a postura deve ser de diálogo com os representantes eleitos pelo povo, afinal a verdadeira política é arte do diálogo ético. Em nosso governo a corrupção será combatida de forma implacável e, para isto, criaremos, além de formas analógicas, um Portal da Transparência Municipal totalmente digital, visando o alcance máximo da população, onde haverá processos tecnológicos que facilitem a fiscalização da nossa gente. E é bom que se diga que, isto não é um favor, é uma obrigação. Nossa intenção é transformar isto em uma lei, uma política pública e não apenas uma ação de governo que sumirá com o final do meu mandato. Para tanto a câmara cumprirá um papel decisivo.

 

JOE – Mas você nem entrou já está pensando em sair?

Exatamente. Acredito que o serviço público é uma ação pontual e político não é profissão, além de não ser autoridade. Ele deve estar subjugado a vontade do povo. Eu pretendo deixar um legado de trabalho e valorização do serviço público para nossa gente. A política é o meio mais eficiente de impactar positivamente a vida das pessoas e isto pode durar quatro ou oito anos. Esta é uma decisão do povo camaçariense e é preciso estar preparado.

 

JOE – Parece conversa de Político… (risos)

HP – Mas é de um empresário, tenha certeza.

 

JOE – Explica mais sobre estas ações.

HP – Este é nosso grande trunfo. Enquanto eles falam mal um do outro, nós apresentamos propostas, enquanto eles compram lideranças, oferecem dinheiro, apelam para seus padrinhos políticos, eu faço aliança com quem é do povo. Enquanto eles têm um projeto de poder, nós temos um projeto de prosperidade para nossa gente. Eu não posso falar abertamente sobre todas as propostas ainda, pois elas serão registradas na integra em nosso plano de governo, junto ao TSE, para evitar plágios. Mas o que posso adiantar é que nós criaremos uma autarquia chamada Agência da Cidade, responsável pela fiscalização das ações do governo com participação de cidadãos comuns com qualificação técnica, implantaremos o Fazcultura Municipal e criaremos a primeira moeda popular da cidade, valorizando assim o nosso comerciante, gerando empregos e fazendo a riqueza de nossa cidade circular aqui.

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