Não sei o que se passa na cabeça de alguém, quando essa pessoa é uma pessoa pública e ainda mente. Com as novas tecnologias, até eu, que sou quase um analfabeto tecnológico, consigo informações sobre outras pessoas. Basta acessar facebook e instagram e já se tem uma série de informações sobre modo de vida, relações e um monte de outras coisas. Acessando a Plataforma Lattes, pode-se descobrir o currículo do dito cujo, com a sua formação e cursos realizados.

Você deve estar se perguntando: sobre o que ele quer falar? Simples. Sobre o Sr. Carlos Alberto Decotelli, novo ministro da educação. O começo da sua gestão já é surpreendente. O seu currículo falava em Doutorado, quando o mesmo não teve a tese aprovada. Qualquer ameba que fez um curso de nível superior (seja graduação, pós, especialização, mestrado ou doutorado) sabe que a conclusão do curso está vinculada à conclusão dos créditos e defesa de uma tese, seja Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), artigo, monografia ou algo do tipo.

Isso é muito grave! É grave como seria alguém chegar numa empresa e colocar uma titulação para conseguir um emprego. Ou seja, está dando informação sobre uma qualificação que não tem. Como saber se aquela pessoa é qualificada para tal função então? Como se isso não bastasse, ainda surgem evidências de plágio na dissertação de mestrado do referido “ministro”.

Mas, ainda existe outra questão que considero mais importante. Mais uma vez, teremos um economista no comando da pasta da educação. Esse senhor foi Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Mas, o que mais chamava a atenção de todos era o fato dele viajar muito durante esse período. 23% do tempo a frente do FNDE foi gasto em voo. Além disso, os funcionários do FNDE chamavam a atenção para o fato dos projetos terem ficado paralisados durante a sua gestão.

Como se isso tudo não bastasse, mais uma vez, o senhor “presidente” continua sua saga de fazer o contrário do que fala. Fez campanha dizendo que todas as suas indicações seriam técnicas. Quando você coloca um economista para gerir a pasta da educação, onde está o aspecto técnico? Não seria mais indicado colocar alguém da área da educação? O nosso país está abarrotado de pessoas com altíssimo nível técnico nessa área. Já não basta uma pessoa que não tem nenhuma ligação com a área de saúde? Nem vou falar sobre o “ministro” das comunicações (Quem quer dinheiro?).

Obviamente, a ideia é de se agilizar a militarização das escolas e entregar as áreas possíveis (e até as impossíveis) ao setor privado. Qual seria então o motivo para se colocar alguém que nada sabe sobre educação? Infelizmente, o governinho do Sr. JMB, não muda mesmo. Está ficando cheio de militares, sendo entregue ao Centrão (que tem a nobre figura do Roberto Jefferson como o cabeça) e mostrando, a cada dia que passa, que não tem rumo ou que o rumo é o pior possível: entreguismo e liberalismo sem fim, coisas que a história já mostrou que não funcionaram no nosso país. Muitos vão dizer que tudo que falei é por que sou esquerdopata. Pena não saber desenhar. Talvez assim, essas pessoas entendessem.

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