O ministro Alexandre de Moraes (STF) aceitou o pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) para incluir formalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro nas investigações sobre os atos de vandalismo ocorridos no último domingo (8) em Brasília.

O documento apresentado pelo Supremo indica que uma representação oficial, assinada pelos membros do Ministério Público Federal (MPF), sugere a investigação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devido a um vídeo publicado nas redes sociais na última terça-feira (10), dois dias após o ocorrido na Praça dos Três Poderes. A postagem foi apagada no dia seguinte. 

A representação foi assinada por um grupo de 79 procuradores e procuradoras do MPF. O documento foi entregue ao procurador-geral Augusto Aras e afirma que Bolsonaro “se engajou em disseminar desinformação sobre as instituições judiciárias brasileiras, responsáveis pela organização dos pleitos, alegando que elas tramavam contra sua reeleição”.

No conteúdo do vídeo, Bolsonaro questiona sobre regularidade do processo eleitoral de 2022, vencido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O subprocurador- geral da república, Carlos Frederico Santos, disse que o vídeo deletado, mesmo posterior às manifestações golpistas, é passível de investigação. 

No documento, os procuradores afirmam que o material “parece configurar uma forma grave de incitação, dirigida a todos seus apoiadores, a crimes de dano, de tentativa de homicídio, e de tentativa violenta de abolição do Estado de Direito, análogos aos praticados por centenas de pessoas ao longo dos últimos meses”.

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